sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Além, pós, de mim.


Faz tanto tempo que não venho aqui, Minhas mãos estavam livres, mas a alma amarrada. A dificuldade de me expressar me mostrou  o quanto posso perder escondendo até de mim, tudo aquilo que meu corpo quer transbordar.
Passei por um  ano difícil,ja não lembrava a cor do céu, nem o verdadeiro sentido do sol existir, a musica ja nao fazia a alma dançar como antigamente, e o chão cada vez mais se abria, EU NAO EXISTIA, apenas fantasmas de mim, que eu mesma criava, marionetes de rancor, vazios, eu tinha piedade de mim. Os muros estão caindo ..e.
hoje eu quero ser diferente.
eu quero voltar a sorrir, sentir o frio na barriga, os olhos brilhando ao ver alguém, quero deixar o medo meu refém, preso nos meus pés . 
quebrar as barreiras e conseguir ter o mesmo sorriso frouxo que já tive um dia, os desejos, sonhos, futuros e um dia a cada dia .
Que o sol volte a ter sua fragrância, que a luz tenha seu verdadeiro significado e o céu volte a ser infinito.
Aos pouquinhos vou me entregando, sentindo derreter tudo dentro de mim, como diz meu irmão (sentir uma febre) não levei no sentido de dor, mas sim na onda de calor quando tudo é aquecido por dentro.
eu quero sorrir, quero ter minha alma de pipa, meu caminho cheirando a chuva, flores saindo em cada extremidade.