sábado, 30 de maio de 2015

pseudo amante

                                           Eu não nasci pra amar, mas nasci pro amor.
  Talvez seja assim a minha descrição, nasci para uma massa pequena e delicada que se trata de amantes, pseudos portadores do amor, mas que não sabem amar.
 Aprecio essa essência mas não sou capaz de porta - la em mim, é gigante, insolúvel, mais brilhante que o sol, mais sozinho que joão de barro, tão instável como um beija - flor, intenso como uma pipa no céu de abril,distraído como a linha do horizonte, eternamente jovem com cheiro de flores de orvalho pós chuva, imortal.
Sou pequena o bastante para entrelaçar em mim essa seleção de bem estar que se torna uma hipérbole semi sufocante, o belo fica enrustido, tão gigante que me pisoteia, o brilho me vem tão forte causando cegueira, o céu de abril chega com relâmpagos e trovoadas, me perco na imensa linha do horizonte, é difícil de me encontrar e o cheiro de orvalho pós chuva agora esta em decomposição.
Assim em mim, aprecio em silencio a cada vez que o vento toca meu rosto, as flores se brotam e o céu sorrir com seu tão radiante sol . Tenho esse codinome amor como os 04 sentido vitais, vejo - o sorrir entre beijos apaixonados, escuto seus lamento trazidos pelo vento de quem assim como eu não sabe amar, provo seu do seu doce, amargo, deletério,  sinto seu cheiro como flores novas de inverno assim como flores mortas, sinto - o como borboletas cegas sem direção, como vazio sem perdão.
Acredito no amor, defendo - o, e julgo - o mas não posso faze lo em mim, nasci para entrega - lo a fortes, portar em mim uma semente que possa entrelaçar sorrisos que não pertencem a mim.